Pólo Industrial de Saquarema
Dois mil e quinhentos empregos diretos e desenvolvimento econômico. Esses são os benefícios que virão junto com a implantação do Polo Industrial de Saquarema. Em uma área de 400 mil m², às margens da Rodovia Amaral Peixoto, no distrito de Sampaio Correa, as empresas Sales Indústria de Alimentos, de envasamento de azeite, e Vitória Perfil, produtora de forros de PVC, já estão ajudando a dar formato ao polo. Em 2011, vinte e três empresas de pequeno, médio e grande porte se instalarão no município.
Com investimentos de cerca de R$ 200 milhões, o parque industrial receberá, em breve, as empresas Lux Fios, Pena Verde, Eva Power e Bywer. O grupo inclui fabricantes de plásticos, roupas, colchões e papelão. Segundo a prefeita de Saquarema, Franciane Motta, o polo é um projeto antigo, que saiu do papel após o enquadramento da cidade da região das Baixadas Litorâneas na lei estadual n° 4.533, decretada no ano passado. Para realizar a ponte com os empresários, a prefeitura criou uma parceria com a Naibert Consultoria.
Os novos empreendimentos que serão instalados no município são atraídos pelos benefícios concedidos pela Agência de Fomento do Rio de Janeiro (Investe Rio). Além da taxa de 2% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a venda de produtos, o polo é beneficiado pelo Fundo de Recuperação Econômica de Municípios Fluminenses, o Frenf, que financia até 60% do projeto, com juros de 2% ao ano. A agência pode emprestar até R$ 1,7 bilhão em diversas linhas de financiamento.
“ O movimento de empresas em Saquarema é fruto do ótimo momento econômico do Rio de Janeiro e do duro trabalho de melhoria do ambiente de negócios, com foco na atração de novos investimentos e na geração de empregos. Outros municípios, como Três Rios e Queimados, também estão vivendo um boom de empreendimentos. O número de novas empresas registradas na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), por exemplo, cresceu 12% em comparação com 2009 “ ( Secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços - Julio Bueno )
Outro empreendimento é o TPN ( TERMINAL PONTA NEGRA )
O polêmico empreendimento é igualmente monumental. Com um custo estimado em 5 bilhões de reais, ele tem relação direta com a descoberta de petróleo na camada pré-sal a 200 quilômetros da costa de Maricá. A escolha daquele ponto em Jaconé obedeceu também a outros fatores. Pesou a seu favor a localização do terreno, onde seu antigo proprietário, o empresário Roberto Marinho, mantinha um campo de golfe. Em lugar privilegiado, fica perto da capital do estado e a apenas 30 quilômetros do Comperj, complexo petroquímico da Petrobras que é erguido no município de Itaboraí. Outro aspecto positivo foi a profundidade do mar naquele canto: tem calado de 30 metros, o bastante para atracar grandes petroleiros. Dessa forma, quatro píeres foram planejados para receber navios de mais de 300 metros. O projeto está agora na etapa derradeira dos trâmites burocráticos. Falta a Câmara dos Vereadores aprovar a alteração do uso do solo de residencial para industrial e liberar 187 hectares protegidos por lei.
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