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22/10/2017 - A hora do petróleo !
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que o calendário de rodadas de licitação de blocos exploratórios planejado pelo governo até 2019 deve gerar investimentos da ordem de R$ 260 bilhões nos próximos dez anos. O órgão regulador acredita que, somente com os dois leilões sob o regime de partilha de produção (leilões do pré-sal) marcados para a próxima semana, sejam atraídos investimentos de R$ 100 bilhões.
No mês passado, a agência realizou a primeira licitação do calendário plurianual de leilões, a 14ª rodada, que negociou 35 blocos exploratórios sob o regime de concessão e atraiu R$ 845 milhões de investimentos mínimos obrigatórios. Além do leilão da semana passada, fazem parte do calendário a 2ªª e 3ª rodadas de partilha do pré-sal, neste mês, mais uma licitação de blocos exploratórios sob regime de concessão e um leilão do pré-sal por ano entre 2018 e 2019.
A ANP estima que as novas rodadas exigirão a instalação de 17 novas plataformas, sendo até sete nos limites do Estado do Rio de Janeiro. Segundo projeções da agência, as novas rodadas têm potencial para gerar US$ 8 bilhões em royalties adicionais para o principal Estado produtor. A expectativa é que o Rio demande US$ 30 bilhões em investimentos.
A 14ª rodada marcou a retomada dos investimentos na Bacia de Campos, cuja produção se encontra hoje em fase de declínio. Juntas, a Petrobras e a Exxon Mobil arremataram seis blocos exploratórios na região, que margeia o polígono do pré-sal e tem potencial para descobertas desse tipo. A Exxon, sozinha, arrematou outros dois blocos na mesma bacia.
Nos leilões da próxima semana serão oferecidas oito áreas. Na 2ª rodada, serão licitadas quatro áreas unitizáveis (áreas adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida): Norte de Carcará, Sul de Gato do Mato e Entorno de Sapinhoá, na Bacia de Santos, e Sudeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos.
No terceiro leilão serão ofertadas as áreas não exploradas de Pau Brasil, Peroba e Alto de Cabo Frio Oeste, na Bacia de Santos, e Alto de Cabo Frio Central, nas Bacias de Campos e Santos.
De acordo com estimativas da autarquia, em seis das áreas que serão ofertadas há cerca de 12,1 bilhões de barris de petróleo “in situ” (total de óleo, ainda não aprovado, contido em um reservatório e não necessariamente recuperável). O volume total não se traduz em reservas, pois a maior parte desses recursos não é extraída dos reservatórios por inviabilidade econômica. A expectativa, porém, é que pelo menos 20% desse volume seja convertido em reservas.
Do total estimado de óleo “in situ” dessas áreas, o maior volume é o do campo de Peroba, com 5,3 bilhões de barris, seguido por Pau-brasil, com 4,1 bilhões. A área unitizável de Carcará tem volume “in situ” de 2,2 bilhões de barris. Já as áreas unitizáveis de Gato do Mato, Sapinhoá e Sudoeste de Tartaruga Verde possuem volume de óleo estimado de 203 milhões de barris, 350 milhões de barris e 160 milhões de barris, respectivamente.
No início deste mês, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Márcio Félix, disse esperar que a maior competição ocorra pela área unitizável de Carcará, devido às descobertas ocorridas na região e ao tamanho da área que será leiloada, em relação à parte já concedida do campo, localizado no bloco BM-S-8, que pertence ao consórcio formado por Statoil, Petrogal (14%) e Barra Energia (10%).
Fonte: Valor Econômico
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