Uma nova onda de "privatização" começa a ser colocada em curso no setor elétrico brasileiro, num movimento que pode atrair quase R$ 30 bilhões, apurou o Estado. Do ano passado para cá, estatais de vários Estados iniciaram processo para vender ativos de geração, transmissão e distribuição de energia. A lista inclui Cemig, de Minas Gerais; Cesp, de São Paulo; Copel, do Paraná; CEB, do Distrito Federal; e CEEE, do Rio Grande do Sul; além da companhia federal Eletrobrás. Na outra ponta estão investidores tradicionais do setor e estrangeiros com elevada liquidez que querem estrear ou aumentar a participação no País. Há, pelo menos, uma dúzia de multinacionais avaliando os negócios no setor, como as canadenses Hydro Quebec e os fundos CPPIB, Ontario Teachers e British Columbia; as europeias Iberdrola, Enel e Terna; e as chinesas State Grid, Huadian, China Three Gorges (CTG), State Power (SPIC), China Investment Corporation (CIC) e China Southern Grid. Entre as nacionais, a Equatorial é apontada como consolidadora. "Há ativos muito interessantes na mesa. O investidor que comprá-los terá a vantagem de adquirir negócios maduros, com licenças ambientais aprovadas e demanda cativa", diz Alexandre Bertoldi, sócio-gestor do Pinheiro Neto Advogados. O portfólio é diversificado, inclui pequenos e grandes empreendimentos, mais ou menos rentáveis, em várias partes do Brasil. "O setor elétrico caminha para um modelo de controle majoritário da iniciativa privada. Não há mais necessidade de o Estado ficar à frente dos investimentos, como ocorria antes com a Eletrobrás", avalia o professor da UFRJ Nivalde Castro. Castro...
Fonte: Infomoney